Última alteração: 2019-11-21
Resumo
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis correspondem a 72% das causas de mortes entre os brasileiros. Para responder de forma mais efetiva desenvolveu-se o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) e um dos seus elementos essenciais é o incentivo ao autocuidado apoiado. Objetivo: Avaliar o efeito do autocuidado apoiado no controle metabólico e clínico entre hipertensos e diabéticos no contexto da atenção primária à saúde. Método: Trata-se de um estudo quase experimental, do tipo ensaio comunitário, desenvolvido com 100 usuários portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica(HAS) e/ou Diabetes Mellitus(DM), sendo 49 do grupo controle de uma Unidade Básica de Saúde(UBS) que seguiu a abordagem prescritiva/tradicional e 51 do grupo intervenção em outra UBS, que vivenciou o autocuidado apoiado durante seis meses. Os dados foram coletados na linha basal e após seis de seguimento através de instrumento contendo os exames laboratorias, dados sócio-demográficos, histórico familiar e comorbidades; antropométricos; e hemodinâmico (pressão arterial). O Estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa,CAAE:57727116.3.0000.0030. Os dados foram analisado pelo SPSS, versão 20.0. Resultados: Observou-se uma tendência de redução da Pressão Sistólica no grupo que vivenciou o autocuidado apoiado e sinais de melhora clinica verificados a partir dos resultados de exames como colesterol total, triglicerídeo, hemoglobina glicada e teste de tolerância a glicose. Conclusão: O autocuidado apoiado é uma valorosa ferramenta na manutenção da saúde de pessoas com condições crônicas, destaca-se a necessidade de se investir na implementação desta no contexto da atenção primária.