Objetivo: Caracterizar a dor crônica em indivíduos com Doenças Crônicas Não Transmissíveis atendidos na atenção Básica do Distrito Federal. Método: Estudo quantitativo, realizada em uma Unidade Básica de Saúde da Regional de Saúde da Ceilândia do Distrito Federal. Amostra de 188 pacientes, divididos em dois grupos um com Diabetes e outro Diabetes associado a Hipertensão. Foi utilizado instrumentos, sóciodemografico, avaliado a intensidade dor, qualidade pela escala McGill, neuropatia  pela perda da sensibilidade protetora (PSP) de membros inferiores. Os dados foram analisados pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®). Resultados: Dos 188 indivíduos, 48,4% com Diabetes Mellitus isolada e 51,6% Diabetes associada à Hipertensão. Houve prevalência feminina 78,7%, idade média variou 61,9±9,72 anos para diabéticos e 64,8 ±10,19 anos dos com duas doenças associadas. A neuropatia predominou naqueles com as duas doenças associadas. A dor foi intensa quando comprada a indivíduos com apenas DM (leve). Os descritores afetivos cansativo e enjoada foram os mais citados. Para aqueles com duas doenças associadas, as variáveis sexo, tempo de diabetes, valores de glicemia e hemoglobina glicada eram maiores (p≤0,045). O maior prejuízo foi relacionado a 63,7% as Atividades de Vida Diária, 58,8% no humor, 51,5% no sono e 41,2% atividades sociais. Conclusão: A presença de dor, a quantidade de doenças e a intensidade da dor influenciaram negativamente os indivíduos estudados. É necessário identificar a dor, inclusive as com características de neuropatia em unidades básicas de saúde para elaborar estratégias de prevenção e manejo da dor.