Nesse artigo pretendemos analisar a relação entre as formas de governança e a questão agrária brasileira, tendo como objeto os processos extrativos e de land grabbing e as suas materializações no Brasil. Para tal, primeiramente abordamos uma conceituação geral de governanças e dominação, passando para definições mais específicas de tipos de governança. Em segundo lugar, buscamos aproximar a “lupa” histórico-geográfica a partir da explicação do processo global de land grabbing e do aprofundamento do capital extrativo na América Latina, e alguns exemplos de configurações governanças decorrentes destes. Por fim, analisamos a proposta teórica de “governança territorial” e sua proposta teórico-metodológica de desenvolvimento à luz de teorias críticas ao aprofundamento do neoextrativismo no Brasil, à governança ambiental neoliberal e à política de conciliação de classes na base dos governos progressistas no Brasil.