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Espaço e tradição da arquitetura neocolonial no Brasil: duas residências e sua Sintaxe Espacial
Última alteração: 2022-09-15
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo estudar a arquitetura residencial Neocolonial sob a ótica da sintaxe espacial. Na historiografia, o estilo possui um rico aparato bibliográfico que avalia suas obras considerando sobretudo a arquitetura como envoltória. Propõe-se a apresentá-la sob uma nova perspectiva, pouco difundida nos estudos de História da arquitetura: a Teoria da Lógica Social do Espaço, por meio da qual relaciona-se os aparatos físicos, sociais e espaciais da arquitetura, quesitos indissociáveis e essenciais para seu amplo entendimento. Para tal, foram analisadas duas residências: a casa Numa de Oliveira de Ricardo Severo e a casa da Baronesa de Arary de Victor Dubugras, ambas construídas no mesmo ano, 1916, e na Avenida Paulista. Considerando-se o contexto histórico em que se inserem, a organização social da época e sua configuração espacial, constatou-se que, quando se discute a arquitetura, o estilo que determina a “casca” não é suficiente para classificá-la. Analisando o espaço criado e as relações sociais que ele cativa, entende-se que se trata de um conceito muito mais amplo e, para alterá-lo, são necessárias mudanças históricas e sociais significativas que transformem o estilo de vida de uma sociedade e consequentemente o espaço interno projetado.
Palavras-chave
Neocolonial, sintaxe espacial, Ricardo Severo, Victor Dubugras, São Paulo.