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O presente estudo visa demonstrar as potencialidades e as limitações para desenvolvimento do ensino da programação nos anos iniciais do ensino fundamental brasileiro. É comum a relação social com dispositivos tecnológicos em locais que frequentamos, contudo, o que não é de senso comum, é que para o funcionamento pleno dessas tecnologias, existe um procedimento informatizado, denominado Programação de Computadores, compreendido nesse estudo, como um processo de escrita, teste e manutenção de comandos que possibilitam, a partir da utilização de “linguagens” específicas, que as tecnologias realizem tarefas de acordo as necessidades das pessoas, ou seja, com base em um conjunto de orientações em computação é possível a comunicação entre a tecnologia e o usuário. A Programação de Computadores faz parte do nosso cotidiano, contudo, ela encontra-se onisciente, e sua visualização é possível ao utilizarmos o celular para fazer uma ligação, ao realizarmos uma operação financeira no caixa eletrônico bancário, ao conversarmos com amigos nas mais diversas redes sociais e ao assistirmos um filme no Tablet. Portanto, podemos afirmar que na contemporaneidade o ensino das linguagens para programação de computadores é ação social necessária as pessoas. Porém, apesar de Computação ser importante na sociedade contemporânea, é visível que o processo de mediação dos saberes necessários para o seu desenvolvimento nas escolas brasileiras é moroso. As pessoas, em idade escolar, que se interessam por essa área de conhecimento necessitam recorrer a cursos profissionalizantes, ou até mesmo ao autodidatismo, pois, dentro da cultura escolar pública no Brasil não é habitual propiciar aos alunos o contato direto com algoritmos, linguagens computacionais e resoluções de problemas necessárias para programar computadores, ou seja, as escolas públicas brasileiras, consideradas como instituição responsável pela diversidade do conhecimento, ainda caminham com morosidade no que diz respeito ao ensino da programação de computadores aos alunos. Nesse estudo, é demonstrado como possibilidade que a utilização de plataformas web e aplicativos específicos (freeware) em diversos contextos educativos contribuem para que os docentes desenvolvam o ensino da programação, das noções de rede e da estruturação de dados. É apresentado alguns Aplicativos Web utilizados para o auxílio ao ensino das linguagens de programação nos anos iniciais do Ensino Fundamental, pois, atualmente, existem uma gama de possibilidades para mediação dos conceitos básicos em Computação aos alunos, contudo, selecionamos as propostas as seguintes propostas: Khan Academy, o Code.org, o CodeClubBrasil.org e Scratch, pois, suas filosofias são baseadas na gratuidade e suas funcionalidades se adequam a faixa etária (6 aos 12 anos) dos alunos dos iniciais do ensino Fundamental. A escolha desses aplicativos fundamentou-se no Construcionismo (VALENTE, 2011) como teoria-base dessa análise. Pensar os limites para a inserção de propostas que envolva computação nas escolas públicas brasileiras, passa necessariamente pela reflexão da infraestrutura para o suporte das práticas que envolvam essas ações tecnológicas. Assim, acreditamos que o primeiro limite a ser superado para o desenvolvimento do ensino de linguagens de programação nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é relacionado a Infraestrutura Escolar, ou seja, a ausência de Laboratórios de Informática, a quantidade insuficiente de computadores por aluno, a rede elétrica que não suportam a carga necessária, entre outras questões estruturais. Porém, essas condições limitadoras não necessariamente impedem o desenvolvimento da Computação na Escola, podemos recorrer a práticas educativas que superem essa questão, entre elas podemos citar a Computação Desplugada, nesse estudo, temos como pressuposto que os profissionais habilitados para a docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no caso, licenciados em Pedagogia, não possuem saberes técnicos necessários para o desenvolvimento pleno do ensino das linguagens de programação computacional, pois durante sua formação docente inicial há ausência dos saberes em computação necessários para tal ação. Assim, há necessidade da inserção de profissionais docentes, que possuem tanto, capacidade técnica, quanto olhar pedagógico, e que auxiliem o Pedagogo no processo de mediação transversal entre os saberes sobre linguagens e algoritmos, e os saberes do currículo formal da escola, ou seja, ambos docentes necessitam desenvolver as atividades em conjunto, pois, os saberes de cada área de conhecimento se complementam. Esse profissional é o Licenciado em Computação. As conclusões demonstram as perspectivas futuras para o ensino da programação nas séries iniciais e como as escolas, os docentes e a sociedade precisam ser preparar para o atendimento de uma demanda crescente no Brasil, ensinar programação para as crianças.

EDUCAÇÃO;COMPUTAÇÃO;TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO