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E-INFOCOMUNICAÇÃO: IDENTIDADE CONCEITUAL E CRUZAMENTOS DISCIPLINARES
Última alteração: 2015-06-15
Resumo
Procura-se discutir e definir conceitos estruturantes de um campo do saber em voga contemporaneamente, o qual tenta firmar-se delimitando território e estabelecendo fronteiras com outras áreas disciplinares. Torna-se, portanto, indispensável mapear as coordenadas desse campo e indicar os termos de referência respectivos. A obra E-Infocomunicação: estratégias e aplicações convoca, de forma inequívoca, dois conceitos – informação e comunicação – distintos, mas que se interpenetram, a ponto de poderem ser considerados, como o fez, metaforicamente, Armando Malheiro da Silva em texto sobre o campo das Ciências da Comunicação e Informação, as duas faces de Jano (Silva, 2006). Mas a presença indiscutível do “eletrônico” ou das “plataformas digitais” nos tempos de hoje, indissociável dos dois conceitos basilares, tem de ser entendida mais como um termo agregador e simbolicamente apelativo do que como a tradução de um terceiro conceito matricial deste campo do saber. O verdadeiro significado que pode ser retirado da ambiência digital em que a informação e a comunicação acontecem e fluem é, sobretudo, o de mediação tecnológica. É num ambiente imbuído de e imerso em tecnologia (digital) que se produz, se usa e se armazena/preserva informação e, concomitantemente, ocorre a troca de mensagens entre pessoas ou a interação homem-máquina, que está na base e/ou faz parte integrante do processo comunicacional. A tecnologia medeia este processo e entra em simbiose com ele, constituindo-se não apenas como um canal transmissor de mensagens (informação), mas sim como um lócus, um ambiente, ou, dito de outra forma, como um sistema onde a informação e a comunicação têm o seu lugar privilegiado.
Palavras-chave
Mediação; Comunicação; Informação; Sociedade em Rede; Hiperconectividade.