O processo de ensino e aprendizagem, dentro do dinamismo social atual, requer diversos recursos que caminham para ações, que vão além das quatro paredes das salas de aula. Capacitar educadores durante as atividades do Projeto Rondon torna-se um grande desafio, uma vez que há a necessidade de fugir do “academicismo” e do ensino embasado em acumulação de conteúdo e partir para formas de absorção das informações. Neste aspecto, o Projeto Rondon oportuniza acadêmicos de todo o país a vivenciarem uma experiência transformadora de aprendizado e cidadania. Este relato de experiência versa sobre a vivência na condução de oficinas de “Técnicas de ensino e aprendizagem para professores”, realizadas no município de Paranaíta – MT através da Operação Serra do Cachimbo. Estas oficinas foram preparadas com 3 meses de antecedência pesquisando informações sobre técnicas diferenciadas de ensino e aprendizagem no âmbito da andragogia. Este planejamento foi focado em atividades que atendem principalmente o processo do aprender fazendo, dentro dos pilares da educação. As atividades envolvem ações dinâmicas relacionadas ao cotidiano dos participantes e a sensibilização para transformar informações subjetivas em algo concreto. As oficinas aconteceram no período de 17 a 28 de julho de 2017. Foram capacitados 94 professores da rede municipal, sendo 89,4% mulheres e 10,6% homens. Algo marcante nesta experiência foi o acolhimento e a vontade de aprender que os professores. Cada oficina possui 3 horas de duração e a metodologia empregada foram técnicas que fugiam de aulas expositivas dialogadas. Atividades como Grupo de Verbalização e Grupo de Observação (GV/GO), encadeamento de ideias, grupos de discussão ativa, brainstorming, entre outras atividades foram desenvolvidas. Através de uma linguagem acessível de fácil compreensão, os rondonistas sob a supervisão dos professores, executaram as ações de formação em um clima dinâmico e lúdico, transformando o ambiente de modo alegre e descontraído que foi levado em consideração com um importante fator de aprendizado, manifestado não somente pelos rondonistas, mas principalmente pelos docentes participantes. Além disso os laboratórios de simulação de um sistema digestório com vinagre e leite, um foguete de água pressurizada com garrafa pet e um microscópio com o celular, mostraram para todos o quanto podemos transforar o conhecimento em algo que vai além dos livros.