Última alteração: 2017-12-11
Resumo
O Projeto Rondon é um projeto de integração social que conta com a participação de estudantes universitários à procura de soluções que contribuam para o desenvolvimento de comunidades com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Neste trabalho, abordamos experiências da “Operação Forte dos Reis Magos- Equipe UNESP Bauru”, que ocorreu no mês de julho de 2016, no município de Santana do Matos, estado do Rio Grande do Norte. Cada universidade selecionada fica responsável por ministrar oficinas das mais diversas áreas; dentre elas, destacamos aqui: as oficinas de recreação e atividades psicomotoras na infância; e a capacitação dos profissionais de Educação Física (EF) escolar, respectivamente. É notável a carência das crianças nas questões de acesso e das práticas socioeducativas que foram oferecidas, bem como diversificações nos jogos e brincadeiras propostos nos encontros. Propusemos algumas conversas para saber do que elas gostam e costumam brincar, e também agregamos brincadeiras alternativas para elas, de modo que o tempo disponível fosse aproveitado da melhor maneira possível. O brincar para as crianças é de fundamental importância, pois neste ato a criança se propõe a fazer algo e procura cumprir com suas demandas e desafios. Ao participar de uma brincadeira, a criança tem a oportunidade de exercitar suas funções psicossociais. O feedback das crianças sobre as oficinas foi muito positivo de diversas formas: realização; socialização; desenvolvimento e aspectos afetivo emocionais foram muito manifestados. O sucesso das oficinas despertou o interesse dos profissionais de EF da cidade, que nos possibilitou fazer uma oficina extra, com o intuito de capacitação dos profissionais em questão. Nesta oficina, abordamos os jogos, brincadeiras e esportes coletivos, das mais diversas formas, desde a parte psicológica da criança, até a parte motora, embasados em teorias da Pedagogia do Esporte e Aspectos Motivacionais. Também propusemos atividades alternativas embasadas na pedagogia dos jogos coletivos, para que estes não sejam apenas tratados como práticas voltadas à competição, sendo compreendido com possibilidades pedagógicas, participativas e inclusivas na escola pública. A reclamação dos profissionais era que as crianças tinham certa resistência para atividades alternativas, que fugissem do que eles já fizessem. Demos nossa contribuição para tal, mostrando as oficinas previamente realizadas, que tiveram sucesso. Concluímos que essa conexão entre culturas e estados foi extremamente importante, no âmbito da EF, tanto para nós, que fomos até a cidade em questão, quanto para a cidade anfitriã, no qual adquirimos uma bagagem muito rica de experiência, aprendizado e afeto, reciprocamente.