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Operação Rio do Ouro do núcleo rondon Uesc: percebendo a violência doméstica na cidade de Coaraci (BA)
Luisa de Sousa Manganelli, Bruna Santos Lima

Última alteração: 2017-12-11

Resumo


A Operação Rio do Ouro, realizada nos dias 1 a 9 de setembro de 2017 pelo Núcleo Rondon UESC, aconteceu nas cidades de Ibicuí e Coaraci (BA). Para buscar suprir demandas destas populações o núcleo de rondonistas proporcionou, juntamente com ajuda das prefeituras de cada município e apoio das comunidades, diversas oficinas com várias áreas do conhecimento, como: Educação, Direito, Saúde, Veterinária e Cidadania. A oficina “Percebendo a Violência Doméstica – Violentômetro” na cidade de Coaraci foi de suma importância, levando em conta o crescente número do feminicídio no país, sendo o Brasil 5o com maior número de casos no mundo3, perceber a violência seja ela física ou psicológica dento de casa é um importante passo para diminuição desses casos, ressaltando que dos casos de feminicídio 50,3% são cometidos por familiares e 33,2% destes por parceiros ou ex4. O plano de ação tinha o objetivo de proporcionar para homens e mulheres como identificar e combater a violência doméstica dentro da comunidade, abordando através da história e da legislação como foram criadas as leis em combate a esses crimes e como surge esse contexto de dominação dentro da evolução do papel da mulher. Também foi feito um pequeno mapeamento entre os participantes para mostrar como estes casos podem estar em nosso entorno sem identificarmos. Após a realização da oficina foi possível identificar casos de mulheres que já sofreram ou ainda vivem situações de violência em casa, tornando possível a ajuda tanto no amparo psicológico como na orientação jurídica. A importância de comunicar a violência é essencial para dar apoio às vítimas e a oficina mostrou às mulheres e homens de Coaraci como identificar estas situações e quais as medidas possíveis e cabíveis de serem tomadas, levando à conhecimento quem são os órgãos especializados, como: CRAS, CREAS e DEAM, e qual o papel destas no processo de denúncia, apoio e proteção da mulher. Conclui-se então que o plano de ação proporcionou um momento de reflexão dentro dos fatores que envolvem a violência doméstica e o feminicídio, como a agressão verbal e psicológica também configuram como violência, quais as formas de denúncia e o papel da sociedade, sobretudo daquela comunidade, dentro da problemática e aprendendo a identifica-la dentro e fora do âmbito familiar.


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