Visando uma relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade através de um dos componentes do tripé das universidades brasileiras, em 2015, foi criado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) o projeto de extensão universitária “Operação Rondon UEPG”. Em 2017, em sua terceira edição, desenvolveu ações em dez municípios do Norte Pioneiro do Paraná, incluindo de Barra do Jacaré. OBJETIVO: O presente trabalho tem como intuito relatar a intervenção realizada na cidade de Barra do Jacaré pelos rondonistas durante o período de 23 de julho a 5 de agosto de 2017 sob a coordenação UEPG. MATERIAIS E MÉTODOS: O município de Barra do Jacaré tem aproximadamente 2.800 habitantes e uma área de 115 mil km². Durante 14 dias, a partir de parceria formalmente constituída com a prefeitura municipal, a cidade contou com uma equipe multidisciplinar de rondonistas composta por dezoito integrantes, os quais estavam vinculados à UEPG, à Universidade Estadual do Paraná e ao Movimento Escoteiro. Desses, haviam quatro docentes coordenadores e discentes dos cursos de graduação em Artes Cênicas, Dança, Educação Física, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Farmácia, Geografia, Jornalismo, Medicina, Música, Odontologia, Pedagogia e Ciências Sociais. Foram utilizados para a realização das ações métodos expositivos, e, principalmente, oficinas pedagógicas previamente preparadas com base nas demandas trazidas pelas lideranças locais aos coordenadores da Operação em visitas prévias ao município. RESULTADOS: Através da ação conjunta, foi possível realizar atividades voltadas para saúde, educação, meio ambiente, direitos humanos entre outras. O público atingido era composto pela comunidade em geral e grupos específicos como professores, estudantes, grupos de jovens, agropecuaristas, agentes comunitários de saúde, assistentes sociais, vereadores e comerciantes. Foram desenvolvidas 114 oficinas durante o período da Operação Rondon 2017, com 1907 participações da comunidade barrense. Nestas oficinas, buscou-se contribuir com as demandas locais apresentada previamente identificadas, e oportunizou-se aos discentes a imersão na realidade local. CONCLUSÕES: Através de ações como as realizadas na operação Rondon, torna-se possível a todos os docentes, discentes e agentes universitários participantes o exercício da cidadania e do altruísmo. Esse, muitas vezes é, para os acadêmicos, reprimido pela educação universitária convencional, e não estimulado aos cidadãos. São ações como essa que aprimoram nos futuros profissionais competências como comunicação, liderança, sensibilidade e bom-senso exigidas num trabalho em equipe multidisciplinar. Além disso, atitudes como essa fazem com os próprios habitantes tornem-se agentes multiplicadores no meio em que vivem, ampliando o alcance das ações extensionistas propostas