Portal de Conferências da UnB, III Congresso Nacional do Projeto Rondon

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Oficina de Esportes Paralímpicos: Conscientização pela Prática Esportiva
Felipe Oliveira Gonçalves, Louise Piva Penteado, Morgana Franciele Rios Xavier, Aline Meneghetti, Caroline Vetori de Souza, Claucia Piccoli Faganello, Diego Almeida dos Santos, Raquel Fraga S. Raimondo, Aragon Érico Dasso Junior

Última alteração: 2017-09-08

Resumo


A trajetória do esporte para as pessoas com deficiência teve inicio após a II Guerra Mundial, com o neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann, que viu no esporte uma possibilidade de ressocialização e valorização de veteranos de guerra que sofreram injúrias medulares que os impossibilitaram de desempenhar a maioria das atividades. Esses foram os primeiros passos do surgimento do evento esportivo mais importante para as pessoas com deficiência em âmbito mundial. Compreendendo, assim, o esporte como um fenômeno socio-cultural, possibilita-se apresentar a todos os esportes praticados pelas pessoas com deficiência, possibilitando a inclusão e o respeito às diversidades intelectuais, físicas e sociais. O presente trabalho tem como objetivo relatar a oficina de Esportes Paralímpicos desenvolvida na cidade de Marianópolis do Tocantins no Projeto Rondon/Operação Tocantins, em janeiro/fevereiro de 2017. Além disso, analisar a relevância da oficina para o contexto social do município. A oficina foi baseada em 4 modalidades desenvolvidas nas Paralimpíadas Rio 2016 (bocha, futebol de 5, goalball e vôlei sentado). Foram realizadas 5 edições dessa oficina - 3 na zona urbana e 2 nos assentamentos -, com duração de aproximadamente 1h. Inicialmente, foram apresentados os objetivos da oficina e abordadas temáticas sobre os esportes paralímpicos, através de debate e reflexão sobre as capacidades físicas e funcionais dos atletas que participaram do evento, problematizando os preconceitos. O público foi separado em grupos conforme o número de pessoas e disponibilidade de rondonistas. A partir da primeira oficina realizada já foi perceptível que os alunos nunca haviam escutado ou visto algo relacionado aos esportes paralímpicos. Ao serem apresentadas as modalidades esportivas, destacou-se a empolgação na execução das práticas propostas. A vivência desses esportes possibilitou desafiá-los, tendo que utilizarem de seus sentidos (como, audição e tato) para o cumprimento das tarefas, levando-os a superarem seus limites. Através do trabalho coletivo, foi incentivada a comunicação entre os participantes para que chegassem na resolução das dificuldades. No decorrer e no final da oficina houveram momentos de reflexão, vindo os alunos a ter espaço e voz naquele meio. Foram levantadas questões sobre: o nível de dificuldade da prática das quatro modalidades; o nível de treinamento dos atletas; a diferença entre limitação e incapacidade; e as formas de inclusão. Portanto, observou-se que através da oficina de esportes paralímpicos os alunos tiveram o seu primeiro contato com esse outro universo esportivo, vivenciando e explorando as diferentes possibilidades de um contexto sócio-cultural pouco visto pela sociedade.


Palavras-chave


Esportes paralímpicos; educação; inclusão

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