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SERIA A AUTOCOMPAIXÃO UM ELEMENTO VITAL DA TELEMEDICINA A SER ESTIMULADO PARA ENFRENTAR A PANDEMIA DO SÉCULO XXI?
Gabriela Ramos da Cunha

Última alteração: 2021-07-07

Resumo


Introdução: Em meio a tantas inseguranças desencadeados pela covid-19, as relações se transformaram, sejam elas sociais, econômicas ou afetivas1,2,3. Nesse cenário, o isolamento social despertou as maiores vulnerabilidades da contemporaneidade: a depressão e a ansiedade1,2,3. As demandas da população na saúde mental contribuíram para a popularização da meditação, impulsionando o desenvolvimento de intervenções na saúde no âmbito virtual1,2,3. Essa conjuntura foi fundamental para a ressignificação da autocompaixão e da autoafirmação como ferramentas eficazes de combate aos efeitos psicossociais da pandemia3. As intervenções tecnológicas na saúde, como aplicativos de meditação, que utilizaram a autocompaixão como elemento essencial se destacaram por apresentarem melhores resultados1,2,3. Dessa forma, esta revisão da literatura busca destacar os benefícios das técnicas meditativas no contexto da covid-19, enfatizando o estímulo e a inserção da autocompaixão como ferramenta potencialmente eficiente nesse cenário. Objetivos: Evidenciar a importância do estímulo e da inserção da prática da autocompaixão na compreensão das experiências negativas e traumáticas desencadeadas pela covid-19, além dos benefícios que essa prática pode proporcionar ao indivíduo quando associada às técnicas de meditação e de mindfulness. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura a partir de uma busca na plataforma Pubmed, em maio de 2021. Foram utilizados os descritores “covid-19”, “meditation” e “anxiety”. Encontraram-se 30 artigos, mas apenas 10 faziam referência as ferramentas no âmbito virtual. Após a leitura dos resumos, 3 artigos foram escolhidos em virtude de estarem relacionados com o objetivo proposto. Desenvolvimento: Segundo os artigos, a depressão, o estresse e a ansiedade são fatores que podem impactar na atividade imunológica e, consequentemente, na resposta às infecções virais1,2,3. Em consonância, um dos estudos aponta que a restrição social intensifica tais fatores, sendo a imunidade do corpo e da mente consideradas medidas preventivas para o controle da infecção pela SARS-COV-22. Tal realidade impulsionou o desenvolvimento e a consolidação da telemedicina2, de modo a proporcionar ferramentas para saúde psicológica. Em concordância, foram desenvolvidas técnicas de intervenções1,2,3 com o objetivo de promover a saúde mental dos cidadãos devido aos impactos gerados pela pandemia, dentre as quais destacam-se a inserção da autocompaixão nas práticas de meditação e de mindfulness, ambasofertadas por meio de aplicativos virtuais2. Vale destacar que a autocompaixão é entendida como a capacidade do indivíduo de olhar para si de modo a trabalhar suas experiências e sofrimentos3. Duas pesquisas citam que essa habilidade possibilita aos indivíduos desenvolverem a inteligência emocional por meio de uma reavaliação cognitiva de situações que impactam o seu bem-estar2,3, levando a uma análise construtiva perante as adversidades, reduzindo, assim, os efeitos da depressão e da ansiedade2. Desse modo, infere-se que a meditação virtual que impulsiona a prática da autocompaixão pode ser a antítese aos efeitos psicológicos deletérios provocados pela pandemia2,3Considerações: Deduziu-se que estimular a inserção da prática da autocompaixão conjuntamente a outras técnicas meditacionais produzem efeitos positivos na saúde dos indivíduos, visto que foi relatada a redução dos níveis de estresse, preocupação, ansiedade e depressão. Portanto, sugere-se que a utilização da autocompaixão associada à meditação seria um elemento vital da telemedicina no combate aos impactos biopsicossociais da pandemia.

Palavras-chave


Covid-19; Telemedicina; Meditação; Ansiedade