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EFEITOS DA MUSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DE SINTOMAS ASSOCIADOS AO ALZHEIMER.
João Victor Falcão Batista, Juliana Tanaka Martins, Sandra Regina Bonifácio

Última alteração: 2021-07-12

Resumo


Introdução: A demência é uma síndrome cada vez mais prevalente no mundo atual, que tem como causa mais comum a Doença de Alzheimer (DA). A DA é uma doença que não tem cura e que por se tratar de uma demência, é caracterizada por distúrbios psicóticos, cognitivos e comportamentais, além perda gradual de memória. Os principais sintomas psicóticos são caracterizados por delírios, agitação, irritabilidade, depressão e ansiedade. Medidas não farmacológicas estão sendo cada vez mais usadas pelos pacientes por mostrarem resultados encorajadores. A musicoterapia é uma desses tratamentos usados, que usa a música e seus elementos como melodia, ritmo e som para melhorar a comunicação, mobilidade, outras atividades de vida diária, além de diminuir sintomas psicóticos.1-3 Objetivos: Analisar os efeitos da musicoterapia como tratamento para sintomas psiquiátricos em pacientes com DA. Metodologia: Foi elaborada uma questão norteadora para guiar o estudo “Quais as evidências científicas disponíveis na literatura sobre os efeitos da musicoterapia no tratamento dos sintomas psiquiátricos associados ao Alzheimer?”. A partir dela, foram extraídos os descritores “Music Therapy” AND “Alzheimer Disease” que posteriormente  foram pesquisados na base de dados PubMed, usando os filtros de texto completo e publicação nos últimos 5 anos. A plataforma identificou 82 documentos. Critérios de inclusão: não possuir conflito de interesse, responder a questão norteadora e maior relevância científica. Já o critério de exclusão foi não se enquadrar no critério de inclusão. Totalizando 3 documentos. Desenvolvimento: O estresse crônico e consequente elevação dos níveis de cortisol, é um dos responsáveis pelo desenvolvimento e/ou manutenção da DA.1 Nesse contexto, um estudo analítico quase experimental avaliou o nível de cortisol após sessões de musicoterapia em pacientes com DA e constatou melhora significativa da ansiedade e depressão de pacientes com DA leve.1 Outro estudo, randomizado e controlado, apontou melhora da ansiedade e depressão após sessões de musicoterapia.² A musicoterapia também mostrou-se eficaz nos casos de delírios, irritabilidade, agitação e alucinações em pacientes com DA leve e moderada.3 Consideração: O uso da musicoterapia para tratar os sintomas psiquiátricos associados ao Alzheimer apresentou-se como uma possível estratégia terapêutica, melhorando principalmente a ansiedade e depressão. Todavia, são necessários estudos mais aprofundados sobre a temática, principalmente direcionado a população brasileira.



Palavras-chave


Doença de Alzheimer; Musicoterapia; Demência.