Última alteração: 2021-07-09
Resumo
Introdução: De acordo com a definição do Estatuto da Criança e do Adolescente, criança é todo indivíduo que não completou 12 anos de idade enquanto o adolescente é aquele que possui entre 12 a 18 anos.1 A introdução de Práticas Integrativas na faixa etária pediátrica (em especial, de 6 a 18 anos) tem ganhado notoriedade nos últimos anos, principalmente com o intuito de reduzir o estresse, melhorar o foco, a atenção e a memória das crianças e adolescentes. A meditação, uma dessas Práticas Integrativas, consiste em focar a atenção de modo analítico para o momento atual.3 Segundo a literatura, ela pode ser dividida em Meditação Concentrativa, a qual desvia a atenção para um único foco, como a respiração, e Mindfulness, que observa os estímulos da mente sem criticá-los, permitindo o posterior esvaecer da mente.3 Outras práticas integrativas também incluem a Yoga - que se propõe a harmonizar corpo e mente através de técnicas de respiração (pranayamas), de posturas (ásanas) e da própria meditação.2 Objetivos: Este trabalho visa, por meio de uma revisão bibliográfica, analisar o que há atualmente na literatura sobre os efeitos da meditação em crianças e adolescentes. Descrição: A utilização de ioga e meditação possuem diversos benefícios quando aplicados em menores de 18 anos. Essas práticas apresentam efeitos emocionais, como redução de estresse, melhora de ansiedade, redução de distúrbios de humor, e cognitivos, como melhora do foco e da memória de longo e curto prazo. Associadas a essas práticas, existem exercícios de respiração e posturas, além da respiração cíclica, específica de determinado tipo de ioga, que contribuem positivamente para a atenção plena, sem julgamento e o foco no momento presente. Metodologia: Este trabalho de revisão da literatura contou com um levantamento retrospectivo de dados utilizando a base de dados MEDLINE com as palavras-chaves: “Children”, “Child”, “Preschool”, Meditation” e “Transcendental Meditation”. Através dessa pesquisa foram encontrados 124 artigos, dos quais 9 foram selecionados após a aplicação de diversos filtros, como relevância de tema, estudos primários, idioma (português, inglês e espanhol) e período de publicação (2016 - 2021). Resultados: Segundo a literatura, a prática de meditação mostrou-se eficiente quando aplicada em crianças e adolescentes, principalmente no que diz a respeito de distúrbios emocionais no sexo feminino, assim como redução do estresse na população estudada. Porém, como foram encontrados poucos artigos a respeito desta temática, é necessário que mais estudos sejam realizados para avaliar de forma mais detalhada a eficácia e a melhor maneira de aplicar a meditação nesta faixa etária.
Referências:
1. BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 jul. 1990. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf>. Acesso em: 04 maio 2021.
2. KANCHIBHOTLA, Divya; SUBRAMANIAN, Saumya; KAUSHIK, Bharti. Association of yogic breathing with perceived stress and conception of strengths and difficulties in teenagers. Sage Journals, [s. l.], v. 26, n. 2, 2021.
3. MENEZES, Carolina Baptista; DELL‘AGLIO, Débora Dalbosco. Por que meditar? A experiência subjetiva da prática de meditação. Psicologia em Estudo, [s. l.], v. 14, n. 3, 2009.