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APLICAÇÃO DE PRANIC HEALING EM PACIENTES COM COVID-19: UM ESTUDO PILOTO CONTROLADO E RANDOMIZADO
Ana Cláudia Santos Chazan

Última alteração: 2021-07-09

Resumo


Introdução: O Pranic Healing (PH) é um sistema de técnicas que pode acelerar o nosso processo inato de cura por meio da limpeza e energização dos chakras. Pode ser realizado à distância pelos terapeutas por meio da mentalização e da visualização. Objetivos: Investigar o papel do PH nos desfechos clínicos de indivíduos com Covid-19. Aprovação pelo CEP CAAE:33725120.1.0000.5259. Metodologia: Indivíduos com RT-PCR positivo realizado em unidade de saúde escola do Rio de Janeiro são convidados a participar do estudo. Após assinatura virtual do TCLE, é feito um primeiro contato telefônico para confirmar a elegibilidade e então a randomização para um dos dois grupos (PHsim/PHnão). Todos os participantes são telemonitorados diariamente até a remissão dos sintomas ou percepção de boa saúde ou completarem 30 dias do início dos sintomas. Relatórios diários do estado de saúde do grupo “PHsim” são enviados aos terapeutas de PH, que não fazem contato telefônico com os pacientes. O protocolo de PH para tratamento de Covid é aplicado diariamente até o fim da participação no estudo. Estatísticas descritivas são expressas em termos de média (desvio padrão) para variáveis numéricas, ou contagem (porcentagem) para variáveis categóricas. Curvas de sobrevida, sendo o tempo de tratamento a variável temporal, foram geradas para cada grupo de tratamento pelo método de Kaplan-Meyer e comparadas pelo teste log-rank. Um modelo de regressão de Cox foi ajustado aos dados. O nível de significância dos testes estatísticos adotado foi de 5%. A hazard ratio para o grupo de tratamento, assim como a mediana do tempo de tratamento foram expressas como estimativa pontual (intervalo com  95% de confiança).  Resultados: Dos 47 participantes (8,7% dos RT-PCR positivo), 43 concluíram o estudo (21 PHsim/22 PHnão). Tempo médio desde o início dos sintomas até a randomização: 8,7 (3,4) X  10,1 (3,8) dias (PHsim/PHnão). Idade média: 38,6 (10,6) X 35,4 (11,5) anos (PHsim/PHnão). Número de mulheres:  14 (66,7%) X 16 (72,7%) (PH/PHnão). Mediana do tempo de tratamento: 8 (4 - 12) X 8,5 (4 - 17) dias (PHsim/PHnão). As curvas de sobrevida favorecem ligeiramente o grupo “PHsim”, porém sem significância estatística (p = 0,6, teste log-rank). A hazard ratio para a variável grupo de tratamento foi de 1,2 (0,62 - 2,3), tomando o grupo “PHnão” como referência. discussão: A amostra é pequena, resultando em baixa precisão das estimativas de efeito. Apesar das estimativas pontuais favorecerem o PH na redução do tempo de tratamento, as diferenças observadas não são estatisticamente significativas. Em cenários em que o PH é oferecido precocemente e a relação terapêutica é preservada, a melhora obtida por meio do PH é mais evidente.  Conclusões: Este estudo até o momento não mostrou uma diferença estatisticamente significativa entre a aplicação ou não do PH em pacientes sintomáticos com COVID-19, mas a amostra ainda é pequena. O protocolo de aplicação do PH e o tempo de doença até a randomização são fatores que resultam em condições não ideais para o PH.

 

Referências: 1-Sui, CK Cura prânica avançada: manual prático de cura prânica com cores. São Paulo: Ground, 1993.

2-Sui, CK Psicoterapia prânica. 5 ed. São Paulo: Ground, 2004


Palavras-chave


Covid-19, práticas integrativas e complementares, espiritualidade, ensaio clínico