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UM COMPARATIVO ENTRE O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO BRASIL E OUTROS MODELOS ASSISTENCIAIS DO MUNDO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Sidney Bruno Lima da Silva, Ketyllem Tayanne da Silva Costa, Ana Luiza Santos Quirino, Larissa Beatriz Francisca de Souza, Maria de Lourdes Alves da Cruz

Última alteração: 2021-07-01

Resumo


Introdução: Entende-se como um sistema de saúde um conjunto de entidades responsáveis por intervenções sociais, sendo a saúde sua principal finalidade. No Brasil, tem-se o Sistema Único de Saúde (SUS), cujo principal objetivo foi democratizar o acesso à saúde para a população, tornando-a universal. Quanto aos sistemas de saúde de outros países ocidentais, podem ser por seguros sociais públicos, como é o caso da França; sistemas ou serviços nacionais, como acontece na Inglaterra, Canadá e Cuba, além do modelo empresarial-permissivo ou de mercado, sendo os Estados Unidos da América (EUA) um grande pioneiro. Nesse contexto, este relato justifica-se por destacar a importância que a saúde possui para o desenvolvimento humano em diferentes localidades, desde a sua construção até a atualidade. Objetivos: Relatar sobre as experiências vivenciadas na disciplina “Introdução às Políticas de Saúde no Brasil”, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), destacando um comparativo entre o SUS e os modelos assistenciais de saúde do Canadá, Inglaterra, França, Cuba e EUA. Descrição metodológica: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, baseado na vivência na disciplina “Introdução às Políticas de Saúde no Brasil”, da UFRN, cujo objetivo é oferecer um aprendizado sobre o cenário sócio–político-econômico e cultural das políticas de saúde do Brasil, além de atentar-se às realidade dos sistemas de saúde de outros países. Logo, a partir de discussões e reflexões na sala de aula virtual e por meio de referenciais teóricos disponibilizados no decorrer da disciplina, chegou-se à seguinte questão norteadora: “Como organizam-se os principais sistemas de saúde do mundo?”. Resultados: No Brasil, o Sistema Único de Saúde é pautado nos princípios da universalidade, integralidade e equidade. Portanto, a saúde é compreendida como um direito básico ofertado a todos os cidadãos, de forma gratuita e sem distinções, sendo realizada de forma descentralizada, com financiamento da União, estados e municípios. Semelhantemente, Cuba oferta serviços de saúde de forma universal e totalmente gratuita, administrados por empresas estatais. De modo análogo, na Inglaterra tem-se o National Health Service (NHS), no Canadá o Canadian Health Care e na França o Sécurité Sociale, sendo o objetivo desses sistemas, com iniciativa pública e privada, garantir o acesso à saúde, mesmo à população mais pobre. Em contrapartida, os Estados Unidos da América possuem um sistema de saúde do tipo pluralista empresarial permissivo, voltado, em especial, à iniciativa privada. Por isso, os estadunidenses enfrentam dificuldades com desigualdades e preços elevados nos atendimentos e procedimentos clínicos, bem como na compra de medicamentos. Considerações: Ao realizar uma avaliação global, conclui-se que as principais divergências entre o modelo de assistência à saúde entre o países estão associadas aos interesses que embasaram a construção dos sistemas de saúde, uma vez que alguns países perceberam a saúde como um investimento, enquanto outros transformaram-na em uma ferramenta para a geração de lucro. Assim, tais resultados demonstram a importância do tema ser abordado por uma disciplina, em uma graduação de enfermagem, para que os futuros profissionais tenham uma formação crítico-analítica acerca das políticas de saúde e dos direitos dos cidadãos.

Palavras-chave


Investimentos em Saúde; Modelos de Assistência à Saúde; Sistema Único de Saúde.