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EFICÁCIA DA FITOTERAPIA NO MANEJO DOS SINTOMAS DA OSTEOARTRITE: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Leonardo Carvalho Souza

Última alteração: 2021-07-08

Resumo



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EFICÁCIA DA FITOTERAPIA NO MANEJO DOS SINTOMAS  DA OSTEOARTRITE: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Eixo Temático: PICs e os seus contextos práticos.

Leonardo Carvalho de Souza1 ; Bruna Miliano Barrozo; Amanda Prado Mascari; João Félix  Leandro de Souza Araújo.

1Acadêmico de Medicina do Centro Universitário São Camilo de São Paulo, carvasleo95@gmail.com.

Palavras-Chave: fitoterapia, osteoartrite, dor articular.

Introdução: A osteoartrite é uma doença caracterizada por um processo de degeneração articular, sendo considerada uma das principais causas de dor no sistema músculo-esquelético e de limitação do indivíduo na realização de suas atividades habituais1. Uma das alternativas para seu tratamento é a fitoterapia, a qual consiste no uso de plantas e vegetais, em suas diversas formas farmacêuticas, para prevenção e tratamento de diferentes patologias agudas e crônicas2. Objetivos: Esse trabalho tem como finalidade analisar estudos selecionados sobre a contribuição da fitoterapia na melhora das dores decorrentes da osteoartrite. Metodologia: Foi realizada a pesquisa com os seguintes descritores ''pain AND turmeric'', “pain AND ginger'', ''pain AND arnica" e ''pain AND boswellia serrata" na base de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Para os descritores "cat s claw" OR "uncaria tomentosa" AND “pain” e "devil's claw" OR "harpagophytum procumbens" AND “pain” foi utilizada a base de dados PubMed. Os critérios para seleção incluíram: artigos e publicações dos últimos 10 anos, compreendendo o período de 2011-2021, ensaios clínicos e o uso de fitoterápicos como terapêutica. Ao total foram encontrados 101 artigos, dos quais 29 foram selecionados por contemplarem a osteoartrite, doença mais prevalente nos estudos. Desenvolvimento: Pela análise dos estudos, os fitoterápicos: cúrcuma, gengibre, unha de gato, garra do diabo e olíbano produzem efeitos positivos nos quadros álgicos e inflamatórios da osteoartrite, representando tanto uma forma complementar quanto uma alternativa de tratamento3. As escalas Visual Analógica de Dor (VAS) e Western Ontario and McMaster Universities Arthritis Index (WOMAC) foram utilizadas para avaliar a percepção de dor nos indivíduos3. Também considerou-se como parâmetro avaliatório a redução dos fatores de inflamação: fator de necrose tumoral (TNF), prostaglandinas (PGE2), interleucina-1 (IL-1) e 5- lipoxigenase (5-LOX). Os fitoterápicos demonstraram eficácia superior ao comparar com o uso do placebo, além de semelhança na melhora da dor em comparação aos medicamentos antiinflamatórios e analgésicos, como paracetamol e ibuprofeno3. Essa semelhança de eficácia também ocorreu com o uso da diacereína, fármaco frequentemente utilizado na inibição da destruição articular. Além disso, os efeitos colaterais comuns aos medicamentos utilizados, tais como, dor abdominal, dispepsia e diarreia não foram observados com a utilização das plantas medicinais. Considerações: Com a realização dessa revisão, foi possível observar que os fitoterápicos são efetivos, não só no tratamento da osteoartrite, como também no controle da dor. As plantas analisadas possuem efeitos superiores ao placebo e semelhantes às medicações convencionais, com a vantagem de desencadearem menos efeitos colaterais. Apesar de ser um tratamento promissor, ainda são escassos os estudos que analisam a segurança desses tratamentos a longo prazo. O conhecimento dos profissionais de saúde sobre os benefícios e aplicações na prática clínica, são aspectos relevantes a serem considerados oportunamente em outra análise.

Referências bibliográficas:

  1. MOTA, Licia Maria Henrique da; KAKEHASI, Adriana Maria; GOMIDES, Ana Paula Monteiro; DUARTE, Angela Luzia Branco Pinto; CRUZ, Bóris Afonso; BRENOL, Claiton Viegas; ALBUQUERQUE, Cleandro Pires de; PINHEIRO, Geraldo da Rocha Castelar; LAURINDO, Ieda Maria Magalhães; PEREIRA, Ivanio Alves. 2017 recommendations of the Brazilian Society of Rheumatology for the pharmacological treatment of rheumatoid arthritis. Advances In Rheumatology, [S.L.], v. 58, n. 1, p. 1-17, 24 maio de 2018. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1186/s42358-018-0005-0.

  2. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasília). Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. A Fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Série B. Textos básicos de saúde, [s. l.], 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fitoterapia_no_sus.pdf. Acesso em: 30 maio 2021.

  3. MADHU, K.; CHANDA, K.; SAJI, M. J.. Safety and efficacy of Curcuma longa extract in the treatment of painful knee osteoarthritis: a randomized placebo-controlled trial. Inflammopharmacology, [S.L.], v. 21, n. 2, p. 129-136, 16 dez. 2012. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1007/s10787-012-0163-3.




Palavras-chave


fitoterapia; osteoartrite; dor articular.