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A FÉ CRISTÃ COMO SUSTENTO NAS ENFERMIDADES
Helder de Melo Guerreiro

Última alteração: 2021-07-01

Resumo


Introdução: Estudos da psicoterapia atestam a espiritualidade como um meio promissor para que o ser humano possa desenvolver em si harmonia e equilíbrio, assim houve-se a necessidade de também envolver a religião nas técnicas terapêuticas1. Na vastidão da diversidade cultural e religiosa o cristianismo se apresenta na sua fé que molda o ser humano para resiliência e ânimo em meio as dificuldades, entre elas as doenças, onde é declarado o sustento do indivíduo em meio as enfermidades, porém, em contrapartida, o abalo do seu espírito acarretando no seu definho2. Objetivos: O presente trabalho objetiva desenvolver os conceitos cristãos bíblicos acerca da resiliência e o sustento espiritual como meio de superação das adversidades na saúde mental e física. Metodologia: Realizou-se pesquisa exploratória e bibliográfica em fundamentos bíblicos e científicos, norteando a saúde como objeto de pesquisa, atrelado a importância da espiritualidade e religião. Discussão e Resultados: Estudos apontam a possibilidade da religião e a espiritualidade serem pautas principais em casos clínicos envolvendo saúde mental, observando sua qualidade de vida religiosa, atribuindo a esta a capacidade em trazer o bem-estar ao ser humano1. Os dogmas do cristianismo estão pautados em questões de obediência e sinceridade, dessa forma a fé cristã possui em sua ideologia a esperança de que os fiéis receberão as devidas recompensas por seus esforços2, os próprios atos do homem Jesus Cristo revelam o seu objetivo em trazer saúde e abundância de vida para aqueles que o seguirem, prometendo-lhes a troca de um fardo pesado por um fardo leve2. Paulo em suas cartas à igreja de Corinto fundamenta a base da ideologia cristã no amor, na esperança e na fé2, sendo estes os responsáveis por moldar o caráter e a índole dos indivíduos que seguem a Cristo, portanto, imitadores de um referencial humano perfeito, que soube suportar as adversidades e as dores em meio a desertos, desprezos, açoites, prisões, calúnias, humilhações e, por fim, a morte. Tais características do cristianismo apresentam-no como suficiente e capaz de acolher pacientes traumatizados e que possuem resistência em superar situações como o desamparo, assim como estudos realizados com veteranos de guerra mostraram que a espiritualidade se dá como o estudo central de casos envolvendo TEPT (Transtorno de estresse pós-traumático)1. Além de uma capacidade mental reforçada pela esperança da crença cristã o indivíduo apresenta-se fortalecido para enfrentar doenças e adversidades físicas e sociais, tais como o encarceramento, nos exemplos do apóstolo Paulo, José e o próprio Jesus2, enfermidades no corpo, nos exemplos de Daniel, o profeta Eliseu e o rei Ezequias2, todos com doenças que afetaram seus corpos enfraquecendo suas forças, entretanto firmando-se na fé e na esperança de uma cura ou de uma vida após a morte. Considerações: As discussões levantadas direcionam para a necessidade de o indivíduo ter esperança e amparo, essas que podem ser atendidas através da religião cristã, indicando que pacientes em situação clínica físico-mental autodeclarados cristãos podem receber apoio da sua própria religião, como complemento à medicina, a fim de atingir uma melhoria considerável do mesmo em suas adversidades. Referências: 1. PERES, J. F.; SIMÃO, M. J.; NASELLO, A. G. Espiritualidade, religiosidade e psicoterapia. Rev. Psiquiatria Clínica, 34, supl 1; 136-145, 2007; 2. SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL (Org.). Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil, 2ª ed. Barueri – SP: 1999.


Palavras-chave


Teologia; Psicoterapia; Resiliência