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O IMPACTO DA MEDITAÇÃO NA SAÚDE MENTAL E ANSIEDADE DURANTE A PANDEMIA COVID19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Fernanda Rodrigues Martins, Iasmim Verônica Rezende Ricardo do Carmo, Júlia Freitas Rodrigues, Maria Cecília Peixoto, Vinícius Penna Torres, Virna Ribeiro Gomes Costa Meireles

Última alteração: 2021-07-08

Resumo


Introdução: A pandemia do coronavírus foi considerada uma fonte de estresse por ser imprevisível e incontrolável, aumentando assim os casos de transtornos de ansiedade1,2. Nesse sentido, o autocuidado psicológico deve ser visto como prioridade no enfrentamento dos impactos da COVID-19. Assim, tratamentos baseados em atenção plena e meditação têm demonstrado eficácia na redução dos sintomas do transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo2,3. Objetivos: Investigar e analisar, mediante uma revisão da literatura científica os impactos da meditação na saúde mental e ansiedade, durante a pandemia COVID19. Metodologia: Foram analisados os mais relevantes estudos publicados no último ano, realizados em humanos, tendo como referência a base de dados PubMed (National Library of Medicine). Foi realizada uma consulta ao MeSH, sendo os descritores utilizados: “Meditação”, “Saúde Mental”, “Ansiedade” e “COVID19”. Dos 18 estudos encontrados através da frase de pesquisa, após critérios de inclusão, restaram 11 artigos e destes, três foram selecionados para revisão. Desenvolvimento: A ansiedade persistente interfere de forma negativa na vida cotidiana, podendo ser incapacitante e afetar vários aspectos da vida, incluindo trabalho, educação e relacionamentos pessoais1. Assim, a meditação têm sido cada vez mais relacionada à melhoria dos estados de saúde mental e seu uso para esse proposito tem aumentado3. Através da análise de aplicativos para ansiedade, estresse, depressão, problemas de sono e distúrbios alimentares, abordando meditação, exercícios respiratórios, atenção plena e terapia cognitivo-comportamental, foi observado que esses aplicativos usam atividades motivacionais para os usuários. Além disso, fornecem recursos sociais, como chat, comunicação com outras pessoas, links de ajuda e disponibilidade offline. Apesar de apenas 19% dos aplicativos analisados pelo estudo, ter profissionais de saúde mental envolvidos, foi considerado uma ferramenta promissora para os usuários, que podem acessar em qualquer lugar1. Outro estudo, demonstrou que a autocompaixão pode ser um fator de proteção importante e poderá ser usada como referência em futuras epidemias ou surtos2. Além disso, de acordo com um estudo coreano, durante a meditação, o nível de inflamação do corpo diminuí e a atividade do sistema imunológico se eleva, evidenciando mais benefícios dessa pratica3. Considerações finais: Visto que a pandemia gerou uma maior vulnerabilidade a transtornos mentais, como a ansiedade, tornou-se evidente a importância do cuidado com a saúde mental. Assim, intervenções baseadas na meditação e atenção plena, que podem inclusive ser realizadas através de plataformas online, tem sido considerados fatores protetores contra a ansiedade. Sendo assim, é de extrema importância que a sua utilização seja incentivada.