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USO DE TERAPIAS COMPLEMENTARES NO TRATAMENTO E REABILITAÇÃO DE PACIENTES DIAGNÓSTICADOS COM TRASNTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Marina Isabela de Paula Sousa

Última alteração: 2021-06-21

Resumo


O transtorno de estresse pós-traumático é uma doença psiquiátrica crônica, a qual decorre da exposição de indivíduos a eventos traumáticos e excessivamente estressantes, como vivências pessoais de extrema violência, acidentes e luto, as quais acarretam consequências à saúde, qualidade de vida e desenvolvimento social. Nesse sentido, as terapias complementares são utilizadas na prática clínica como uma forma de promover e recuperar a saúde desses pacientes. Objetiva-se, então, reunir estudos recentes sobre o uso e a eficácia de terapias complementares no tratamento e na reabilitação de pacientes com transtorno de estresse pós-traumático. Além disso, foi realizada uma revisão da literatura de caráter descritivo, a qual foi produzida pela seleção de 28 artigos, entre os 89 resultados, na base de dados Pubmed, com os descritores em saúde “Terapias Complementares”, “Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos” e o operador booleano “AND”. Incluíram-se, então, textos relacionados ao emprego de terapias complementares no tratamento de pacientes diagnosticados com transtornos de estresse pós-traumático entre os anos de 2019 e 2021, no idioma inglês. Excluíram-se, contudo, artigos não publicados e com propostas temáticas discordantes ao objetivo desta pesquisa. Desse modo, vale salientar que diversos métodos terapêuticos em pacientes diagnosticados com transtorno de estresse pós-traumático são utilizados, dos quais podem-se citar os tratamentos farmacológicos e psicológicos, aplicados de forma isolada ou combinada. Devido aos efeitos colaterais e as individualidades dos pacientes, entretanto, essas terapias podem não proporcionar efeitos imediatos. Podem ter a eficácia comprometida com a reduzida adesão dos pacientes ao tratamento. Nesse sentido, a inserção de terapias complementares no tratamento e manejo de pacientes diagnosticados com essa doença, pode ser uma estratégia que auxilia na redução dos sintomas e no processo de adesão ao tratamento. Assim, como exemplo, ressalta-se a arteterapia, a qual é uma prática alternativa holística que compreende o uso de manipulações manuais, desenhos, pinturas, música e dança no processo de reabilitação, por meio do resgate, liberação de memórias e sentimentos ligados ao trauma. Essa terapia pode ser realizada em grupo, o que proporciona a troca e discussão de experiências. Além disso, sabe-se que o transtorno de estresse pós-traumático intensifica a ativação do sistema nervoso simpático, o que resulta em um aumento da pressão arterial, taquicardia, hipoperfusão das extremidades e uma elevação dos níveis de cortisol. Desse modo, pode-se observar que a prática da yoga, com respiração rítmica e lenta, somada aos movimentos corporais, podem ativar o sistema nervoso parassimpático e, em decorrência disso, há uma redução da hiperexcitação do simpático e das sintomatologias relacionadas a este. Conclui-se que a inserção de terapias complementares deve ser estimulada, pela eficácia dessas intervenções, além dos baixos, ou inexistentes, efeitos colaterais. Além disso, atuam de modo positivo no tratamento e reabilitação, por meio da redução dos sintomas e da promoção de relações interpessoais.

Palavras-chave


Terapias complementares; Transtornos de Estresse Pós-traumático.