Última alteração: 2021-10-27
Resumo
A CoRedes/DASU/DAC/UnB, nos termos do ato Ato do Decanato de Assuntos Comunitários nº 04/2021, tem inúmeras competências, entre elas a oferta de atendimentos individuais coletivos aos membros da comunidade universitária que fortaleçam a adoção de práticas de autocuidado e de hábitos de vida saudáveis, visando à promoção da saúde, à prevenção dos agravos e à melhoria dos relacionamentos interpessoais. Nessa perspectiva criou-se o projeto Laços na Saúde, o qual tem como objetivo “promover ações de saúde para a comunidade universitária e externa de acordo com as recomendações dos órgãos oficiais de saúde, como vista a fortalecer a função social da UnB no que tange ao ensino, pesquisa e extensão, assim como da universidade enquanto promotora da saúde nos vários eixos a saber: Saúde mental; Prevenção de agravos e promoção da saúde em redes; Processos educativos promotores da saúde; Diversidade e direitos humanos; Ambientes saudáveis e sustentáveis; Acessibilidade e inclusão social; Envelhecimento saudável e participativo; Saúde e Qualidade de vida do trabalhador; e Vigilância em saúde na comunidade universitária.
Assim, a proposta de intervenção de estágio em Serviço Social, sob um olhar atento à singularidade e diversidade, foi desenvolvida no encontro virtual denominado Outubro Rosa: cuidado singular e diversidade de corpos, em articulação com a Diretoria da Diversidade (DIV/UnB). O evento foi realizado tendo como mote principal a saúde das mulheres, em específico o Outubro Rosa, campanha de amplitude mundial voltada a divulgar a prevenção do câncer de mama e de colo de útero. Historicamente, tais campanhas têm transmitido a ideia errônea de corpos semelhantes e homogêneos e focam nas questões anatômicas e clínicas da prevenção e tratamento, por vezes não contemplando a diversidade entre mulheres com corpos, orientação sexual, identidade de gênero, vivências e trajetórias diferentes. Para tal, contemplou a participação de quatro mulheres: Nathália Vasconcellos, mulher trans presidente da Rede Distrital Trans; Dani Sanchez, assistente social e mulher negra; Martha Freitas, mulher com deficiência que teve câncer de mama; e Karla Guimarães, psicóloga da saúde no HU/UnB. Certamente as histórias e experiências compartilhadas foram e serão inéditas para muitos dos participantes e espectadores do evento, que ficou disponível no link https://youtu.be/2WEhIPYrtl0, possibilitando uma intervenção de impacto contínuo.
Tal intervenção encontra escopo no Projeto Ético Político do Serviço Social, assim como ilustrado no âmbito do Código de Ética profissional: “exercer o Serviço Social sem sofrer discriminação nem discriminar por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física”. Realizar o estágio na CoRedes possibilitou a vivência da prática profissional aliada aos conhecimentos teóricos obtidos ao longo do curso de Serviço Social, além de possibilitar a articulação entre os fundamentos teórico-metodológicos, ético-políticos e técnico-operativos da profissão.