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O envelhecimento demográfico evidencia a necessidade de adaptação dos sistemas de saúde ao perfil de comorbilidade das pessoas idosas. Contudo, estes encontram-se ainda orientados para situações agudas. Neste sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs um conjunto de Princípios Amigos da Pessoa Idosa que procuram otimizar a prestação de cuidados a esta população. Neste artigo apresenta-se o resultado de uma avaliação à atual adaptação dos prestadores de cuidados de saúde aos Princípios da OMS e os meios necessários para a sua operacionalização no Serviço Nacional de Saúde. Foi aplicado um inquérito por questionário aos administradores dos cuidados primários e hospitalares, abrangendo um total de 173 entidades. Para aprofundar o conhecimento da temática, foram realizados três estudos de caso envolvendo 11 entrevistas a atores-chave com intervenção no domínio da saúde. Os resultados mostram que os prestadores analisados não estão adaptados na globalidade aos Princípios da OMS, principalmente no que respeita à formação dos profissionais e ao sistema de gestão. Os principais desafios são a falta de recursos humanos e financeiros e as infraestruturas desadequadas. Como facilitador é assinalada a colaboração entre os serviços de saúde, sociais e as autoridades locais. É recomendado o desenvolvimento de um sistema de acreditação que incentive a aplicação destes Princípios em todo o mundo.