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O Letramento Crítico na sala de aula de FLE: problematizando identidades sociais de gênero e raça/etnia
Walesca Afonso Alves Pôrto

Última alteração: 2018-03-28

Resumo


Esta comunicação apresenta um recorte de uma pesquisa de mestrado que busca investigar como o letramento crítico possibilita (re)construir identidades sociais de gênero e raça/etnia com vistas à formação cidadã na sala de aula de FLE. Dentro dessa perspectiva, é possível questionar: qual o papel da escola na formação crítica dos/das alunos/as? De que maneira professores/as de línguas podem agir em sala de aula em busca de uma problematização sobre temas sociais? A escola é espaço de construção da vida social, pois nela o sujeito entra em contato com outras perspectivas sobre quem é ou pode ser (MOITA LOPES, 2012, p. 9).  Para Tilio (2015), o/a professor/a de línguas tem espaço privilegiado para discussão de temas sensíveis, pois o seu aprendizado possibilita usar a língua partindo do seu próprio uso, permitindo refletir sobre como ela funciona na sociedade. Esta pesquisa foi desenvolvida dentro da perspectiva teórica que entende língua como prática social (FARCLOUGH, 2008) e que constrói identidades fluidas e cambiantes. Para tanto, foi utilizada a pesquisa-ação (BARBIER, 2007) como metodologia. A discussão dos dados aponta que o letramento crítico favoreceu a ressignificação de práticas pedagógicas, possibilitando outras maneiras de agir, e entendendo a sala de aula como espaço para reflexão, desconstrução e desestabilização das sociabilidades (HOELZLE, 2016). Essa perspectiva de ensino possibilitou ir além dos muros da escola ao questionar discursos e construções tidos como naturais. Dessa forma, os/as alunos/as se sentiram mais motivados/as a usarem a língua-alvo para expressarem suas opiniões e emoções, reconstruindo suas múltiplas identidades.


Palavras-chave


Formação docente; Identidades sociais; Letramento crítico.