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O presente texto pretende contribuir com o debate iniciado na década de 2000 a partir da inciativa dos BRICS sobre os Países de Renda Média – PRM e os impactos das políticas de cooperação para o desenvolvimento. Tomando como base a implementação do Tratado de Livre Comércio de América do Norte – TLCAN de 1994, entre Estados Unidos, Canadá e México. O mesmo se apresentou na época como uma política de cooperação para o desenvolvimento que posteriormente se demonstrou como uma ação de grande escala de expansão do capitalismo de mercado norte-americano. A premissa que norteia a pesquisa foi a de analisar os impactos socioeconômicos no campo mexicano com foco em: a) os impactos nos mercados de trabalho; b) na produção agrícola e na segurança alimentar e; c) nos processos migratórios internos e externos. A pesquisa se realizou a partir de fontes documentais acadêmicas, em jornais e em documentos oficiais do governo mexicano. O foco de analise foi de uma leitura crítica sobre os processos desencadeados a partir da implementação do TLCAN no campo mexicano. Os resultados apontam para os seguintes impactos: a) um aumento significativo do desemprego e do trabalho informal no campo mexicano; b) o aumento de processos migratórios tanto internos como externos; c) o agravamento de uma crise alimentar sem precedentes na história do país.

Transformações agrárias, TLCAN, crise alimentar